Concelhia do BE /Torres Novas e autarca na Assembleia de Freguesia da União de Freguesias de S. Pedro, Lapas e Ribeira
A minha crónica de hoje leva-me àquele célebre cliché de que os políticos são todos iguais, repetido amplamente, muitas vezes por protesto em relação à competência de quem governa e outras tantas por pouco conhecimento da vida política. Aliás, começando por aí, quantos terão noção do que é a política? Um dos seus significados, no grego antigo, é comunidade, tudo o que diz respeito aos cidadãos, é o processo de promover o bem comum. Então como um dia me disseram política é tudo! Mas nela não vale tudo! O seu objetivo de priorizar os cidadãos não se compadece com monopólios partidários, com maiorias que em vez de aceitarem partilhar e crescer com outros pelo bem da comunidade minam tudo à sua volta e se impõem pelo autoritarismo, incapazes de admitirem as suas falhas ou omissões, arrastando os outros na sua incompetência. Temos pois formas de fazer política tão díspares quanto as pessoas que nela se envolvem. Aqueles que vêm com sentido de servir e outros de se servir. Encontramos ao longo da história muitos exemplos de grandes políticos, cuja visão e empenho nos deixaram boas obras e nos asseguraram direitos e outros tantos que vingaram em benefício próprio. Cabe-nos a todos, cidadãos e cidadãs saber distingui-los, e para isso temos que saber ao que vamos, observar, escutar, envolver-nos e então sim fazer escolhas. Porque não, não são todos iguais, e se os há que já provaram que são mais do mesmo outros merecem o benefício da dúvida, assim defendam eles valores democráticos! Que não deixemos valer a desonestidade, que não permitamos que uns atropelem outros recorrendo às manobras mais baixas, haja sentido critico e olhos postos na realidade, no nosso concelho e no país. Mas falando em autarquias que sejamos capazes de ir além das simpatias pessoais e do betão. Por todas e por todos!
Crónica na Torres Novas FM, quinzenalmente à 2.ª feira