Helena Pinto, candidata à Câmara Municipal

Intervenção de Helena Pinto, candidata à Câmara Municipal, na apresentação das candidaturas.

Boa tarde a todas e a todos

Muito obrigada por terem vindo

Hoje iniciamos mais uma etapa da participação do Bloco de Esquerda na vida autárquica do nosso concelho. Temos estado empenhados na preparação das próximas eleições e apresentamos hoje a nossa candidatura à Câmara Municipal e à Assembleia Municipal. O projecto só estará completo com as candidaturas às Freguesias, que serão apresentadas oportunamente, numa sessão exclusivamente dedicada a elas.

Os últimos 4 anos foram intensos. Como nos anos anteriores, demos o nosso melhor.

Permitam-me por isso que me dirija a todos e todas que deram corpo ao projecto do Bloco, um projecto que vai além do Bloco de Esquerda, um projecto que confia na cidadania, na participação, na pluralidade de opiniões, que quer promover debate e consensos para as melhores soluções. Todos e todas, autarcas eleitos, todos e todas que sempre colaboraram connosco, dando as suas opiniões e sugestões, alertando para as situações que era preciso atender, dando a sua colaboração no estudo dos dossiers e, não menos importante, fazendo as suas críticas.

Nunca faltámos à chamada e orgulhamo-nos de um mandato onde a crítica e a denúncia estiveram sempre presente – cumprindo assim o papel de escrutinar a prática da maioria, mas que foi marcado sobretudo pela proposta, pela alternativa. Não é este o momento de um balanço exaustivo, que fomos sempre fazendo e prestando contas, mas penso que podemos dizer que cumprimos!

Preocupámo-nos com o estado da rede viária e propusemos soluções, preocupamo-nos com o rio Almonda e apresentámos soluções, preocupámo-nos com o centro histórico, com a economia e o emprego e apresentámos soluções, preocupámo-nos com o clima e com as alterações climáticas e apresentámos soluções, preocupámo-nos com a saúde e não faltámos à chamada em particular com a falta de médicos nas freguesias rurais, preocupámo-nos com todos os direitos e apresentámos propostas contra as discriminações e o preconceito, preocupámo-nos com a educação e apresentámos soluções, em particular no projeto educativo municipal, preocupámo-nos com a proteção civil e apresentámos soluções, estivemos, estamos e vamos estar com as populações afetadas pela poluição provocada pela Fabrióleo e os resultados desta prática já estão à vista, felizmente. Felicito todos e todas que se têm batido por esta causa e se mantêm nesta luta.

Os tempos que vivemos colocaram-nos à prova. Face a uma pandemia como nunca tínhamos vivido era necessário que as políticas públicas respondessem às necessidades da população. Era preciso actuar, ousar inovar e estar presente. O BE, desde o início da pandemia, que fez dezenas de propostas. O sectarismo e a falta de visão do PS recusaram a maioria delas. E a Câmara faltou à chamada quando a população mais precisava. Alguns ficaram para trás e isso é imperdoável. Há um ano atrás propusemos programas de apoio ao comércio local e às pessoas, 500 000 euros. Um ano depois vem o PS, esta semana, propor apoios, atrasados e tímidos – uma renda e mais um vale de desconto…

Foram 4 anos a marcar passo. O PS não mereceu a maioria que os torrejanos e torrejanas lhe deram. Não se conhece a estratégia para o desenvolvimento do concelho. Repetem-se os projectos do anterior mandato como se fossem novidades, apresentam-se obras que levaram 20 e mais anos para se concretizar como grandes vitórias e grandes feitos…

Avançou-se na reabilitação de algumas estradas, devido à pressão do Bloco e pouco mais. Persiste-se no erro de gastar 7 milhões de euros numa estrada, com a cumplicidade do governo, que vai prejudicar a qualidade de vida na vila de Riachos, quando existia uma alternativa que serviria Torres Novas e o Entroncamento para facilitar os acessos às zonas industriais e de logística.

Falta liderança. Andamos ao sabor de eventuais projectos e possíveis financiamentos, tudo à última da hora e em cima do joelho. O presidente governa “por despacho” acentuando a falta de transparência e recusando à oposição o acesso atempado aos dossiers. Por isso o Bloco se recusou a votar no escuro, a votar de cruz. Não foi para isso que fomos eleitas e eleitos.

Políticas sociais é coisa que não existe, o sector do Urbanismo funciona como um travão ao desenvolvimento e como um castigo para empresas e munícipes.

O que era verdadeiramente importante ficou, mais uma vez para trás – as pessoas, o rio Almonda, a economia de proximidade, o centro histórico da cidade e as aldeias. Muito pouco se fez.

O PS governa o concelho há praticamente 30 anos, quase sempre em maioria absoluta. Não se pode queixar. Tem que assumir o que fez e o que não fez!

A actualidade, tem novas exigências: neste tempo ainda marcado pela pandemia, os desafios do digital, a premência das políticas sociais no contexto demográfico, a urgência do ordenamento do território, as alterações climáticas e a defesa da natureza e uma nova etapa na governação local e regional, onde a competição entre concelhos seja substituída pela colaboração, onde a lógica das infraestruturas e dos equipamentos seja planeada a nível regional, e onde as políticas públicas não deixem ninguém para trás – da saúde, ao desporto, da habitação à cultura, da educação ao associativismo.

É para responder às exigências deste tempo que o Bloco se apresenta.

Não temos todas as soluções e muito menos prometemos aquilo que sabemos não conseguir fazer. Mas sabemos o que é necessário e desde já para que o concelho se foque nas suas gentes, no ambiente e no seu desenvolvimento.

Precisamos de IGUALDADE:

- entre todos os munícipes

- no acesso aos serviços municipais

- no tratamento dos processos no Urbanismo

- entre os artistas locais

- entre os clubes e as associações

- entre a cidade e as aldeias

- entre as mulheres e os homens

- entre os mais velhos e os mais novos

Precisamos de sentir que a Câmara Municipal não distingue e que trata todos e todas por igual.

As decisões têm que ser transparentes, explicadas e escrutinadas.

Apresentamos uma equipa renovada – nova gente e gente nova.

Com competências variadas, com espírito de serviço público, e prontos para responder aos problemas e desafios que estão colocados.

Temos ideias, temos políticas, temos equipa.

Convido todos a seguirem a nossa actividade, a participarem na construção do nosso Programa, a fazerem as perguntas que entenderem, estamos disponíveis para todos os debates, desejamos os debates.

Obrigada pela vossa presença,

Obrigada Catarina, obrigada Fabíola, pela vossa presença e apoio

Obrigada aos camaradas dos concelhos vizinhos, autarcas aqui presentes, somos solidários

Vamos dar o nosso melhor!

Torres Novas, 20 Junho de 2021

Helena Pinto, candidata do BE à Câmara Municipal