Segundo os resultados preliminares dos Censos 2021, relativos à variação da população residente 2011-2021, o município de Torres Novas perdeu 7% da sua população, o correspondente a 2570 pessoas.
Um concelho que não consegue fixar a sua população ou atrair novas pessoas, é um concelho disfuncional e, por isso mesmo, pouco atrativo.
Anos de desinvestimento na economia local, no empreendedorismo e no emprego, de desvalorização do património cultural, histórico e natural, e de ausência de planeamento urbanístico, a par de uma política local de habitação ineficaz ou mesmo inexistente, sem uma visão para a construção de um concelho sustentável, conduziram a este cenário de perda de capital humano, de conhecimento e de vitalidade, que poderá agravar-se se a inércia continuar a ser a estratégia seguida.
O desafio é grande, mas superável.
Uma inversão de rumo nas políticas e estratégias locais poderá constituir uma base para um desenvolvimento coesivo, inclusivo e sustentável do concelho, transformando-o num território atraente para viver, crescer e trabalhar, e garantir a sua capacidade de combater o envelhecimento da população com uma reposição geracional.