Ass. Municipal: PS chumba recomendação sobre o uso eficiente da água

Inacreditável, na véspera do dia nacional da água, PS vota contra a recomendação do BE. "Já está tudo previsto" é o 'grande' argumento utilizado. Só o sectarismo  contra o BE justifica esta atitude. Leia a recomendação em baixo

RECOMENDAÇÃO PARA A IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS DE GESTÃO E USO EFICIENTE DA ÁGUA A NÍVEL URBANO

A relação individual de cada um de nós com a água, nas sociedades tecnologicamente mais avançadas, está de tal modo impregnada nos hábitos e comportamentos quotidianos que quase não tomamos consciência da sua importância, a não ser quando nos deparamos com falta de água nas torneiras, nos poços ou nos furos, nas albufeiras das barragens e noutros locais próximos, onde a assumimos como garantida.

As Câmaras Municipais são essenciais na implementação de uma política de gestão e uso eficiente da água a nível urbano.

Neste contexto, as Câmaras Municipais integram a primeira linha de promoção de alterações comportamentais, que podem contribuir, significativamente, para a redução do consumo de água nos seus Municípios.

É por isso que, a utilização da água nos edifícios e equipamentos das Câmaras Municipais, se deve constituir como exemplo a seguir no uso eficiente da água.

No Concelho de Torres Novas, a Câmara Municipal tem cerca de 140 contadores de água que representam uma despesa anual que ronda os 155 mil euros.

É dentro deste paradigma, que o BE recomenda à Câmara Municipal, para que seja dado conteúdo às recomendações da Agência Portuguesa do Ambiente e que sejam perseguidos os seguintes objetivos estratégicos:

• Realização de uma auditoria ao consumo de água em todos os locais públicos (da Câmara Municipal e Freguesias) onde existam contadores de água, de forma a promover a eficiência dos sistemas existentes e a consequente redução dos consumos de água.

• Promoção à alteração de comportamentos, através de ações de sensibilização, informação e educação, visando o desenvolvimento de uma atitude em relação ao uso e à valorização da água, direcionadas, não só ao setor público, mas também a outros setores de atividade económica e a utilizadores domésticos

• Implementação do cálculo da Pegada Hídrica Municipal, que permita definir metas de redução dos consumos de água a nível local.

• Implementação e promoção de processos de Certificação hídrica de edifícios e equipamentos coletivos da Administração local e em edifícios coletivos e instalações de diversos sectores socioeconómicos.

• Avaliação e implementação de medidas que permitam, desde já, que em locais determinados por essa avaliação, a água tratada pelas Águas do Ribatejo e utilizada nas regas, seja substituída por água captada no Rio, depois de se verificar as suas boas condições de utilização”