"MUITO continua a ser POUCO", afirma Luís Miguel Fanha, marcando a posição do Bloco do tanto que há por fazer em Torres Novas.

Luís Miguel Fanha intervém no Período Antes da Ordem do Dia na Assembleia Municipal do dia 28 de Abril de 2025.

PAOD

 

Quero, antes de mais, deixar aqui uma palavra de pesar pela morte do Papa Francisco, um Papa que, apesar de todas as contrariedades, dificuldades e oposições. Deixou um testemunho de que é possível fazer diferente e fazer melhor. Num mundo pautado por tantas injustiças, considero que a sua voz foi sempre solidária com os mais frágeis e os mais desprotegidos e defensora dos mais sagrados princípios da defesa da humanidade.

Uma palavra também pela morte de Carlos Mateus Gomes, militar de abril, natural do Vila Nova da Barquinha.

 

CRATOLIVA – Gostaríamos também de ter uma actualização sobre o processo Cratoliva. O Mirante do dia 22 de março escreve que a câmara “decretou um embargo total das obras por um período de 2 anos”. Por isso pedimos uma actualização de todos os esclarecimentos sobre este tema. Está o embargo a ser respeitado? Está a Cratoliva em actividade?

 

Startups e CONSERVATÓRIO DE MÚSICA – Quando é que teremos as Startups instaladas no antigo edifício da antiga CGD? E porque a instalação das Startups está diretamente relacionada com a libertação das antigas instalações da CM, pergunto: será que algum dia iremos ver a instalação de um conservatório de Música naquele local?

Aproveito para dizer que em política é preciso definir prioridades! O executivo entendeu que o melhor era roubar terreno ao Jardim das Rosas para ampliar as piscinas exteriores e, no local subtraído ao Jardim das Rosas, que antes era de todos, colocar 70 espreguiçadeiras. Nós entendemos que o milhão de euros que essa obra irá custar teria sido mais bem empregue na instalação definitiva das Startups na CGD e no desenvolvimento do processo de libertação das instalações da antiga sede do Município para aí instalar o Conservatório do Choral Phydellius.

 

RESÍDUOS URBANOS – E para finalizar a minha intervenção, devo referir o recente aumento do tarifário da gestão de Resíduos Urbanos Municipais que, para consumos de água até 10m3 aumentou 46,4% e 18% respectivamente para consumidores domésticos e não domésticos.

Entendemos a complexidade deste tema. Sabemos que a nível nacional 60% dos resíduos urbanos ainda vão para aterro e em muitas partes do país esses aterros estão a atingir a sua capacidade muito mais cedo do que se tinha antecipado. E é por isso que a importância das políticas autárquicas se torna basilar para a redução de resíduos enviados para aterro.

Aumentar tarifas, desta forma, contraria o princípio da estabilidade tarifária. Mas se for acompanhada por significativos investimentos para o reforço de acções de comunicação/explicação, por significativos incrementos no sistema de recolha porta a porta, no incremento da compostagem de resíduos domésticos, na valorização de embalagens, a única coisa que podemos esperar, é um destes dias assistirmos a mais um aumento tarifário.

Pode o executivo do PS argumentar que já se fez muito. Mas neste caso, MUITO continua a ser POUCO como a realidade todos os dias nos revela.

Muito obrigado.

 

Torres Novas, 28 de abril de 2025

 

Luís Miguel Fanha

António Gomes Lopes

Luís Miguel Fanha