BE reúne com Comissão Utentes da Saúde do Médio Tejo
Reunião com a CUSMT e BE de Torres Novas
A convite da Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo, o Bloco de Esquerda de Torres Novas, reuniu na quinta-feira, dia 26 de novembro, para escutar sobre as propostas, preocupações e sugestões que têm pautado a atividade da CUSMT.
Como preocupação primeira enunciam que “todas as regras, em termos de saúde, sejam cumpridas” principalmente dentro do quadro dos cuidados de saúde primária. É defendido que a defesa do acesso à saúde depende da observação de uma série de opções relacionadas, desde a sinalização horizontal das estradas, a uma melhor iluminação noturna, passando pelo acesso de proximidade a serviços (CTT, farmácias…) nas populações residentes nas freguesias. Acrescenta-se que as atividades lúdicas e de recreio dinamizadas pelas autarquias deveriam incidir na promoção de práticas saudáveis de vida, numa perspetiva integral da saúde. Constatam que o aumento da esperança de vida da população e os sinais evidentes da poluição têm desencadeado o surgimento de novas patologias, o que implica a necessidade de assegurar cuidados de saúde correspondentes.
Observam ainda que a comunicação deve ser melhorada no sentido de alertar, informar e conscientizar a população, também sobre o que de positivo também vai acontecendo.
Defendem: O acompanhamento domiciliário de enfermeiros e operacionais; Unidades de saúde de proximidade; Reparando que Torres Novas dispõe de 3 Unidades de Saúde Familiar, deve-se procurar que as zonas rurais possam beneficiar deste apoio, numa crítica à centralização dos serviços.
Verifica-se, desde 2015, o retorno de algumas especialidades ao Hospital de Torres Novas, sendo fundamental promover a idoneidade formativa no sentido de assegurar a permanência de profissionais qualificados, uma vez que se observa a enorme dificuldade de recrutamento, ficando os concursos sem demonstrações de interesse.
Regressou a atividade cirúrgica, a medicina interna e as urgências com o apoio de especialidades verificando-se, como saldo negativo, a deslocação da cardiologia e a necessidade da pediatria estar nas três unidades hospitalares; O encerramento do serviço noturno das urgências; A falta do TAC – ressonância magnética, também tem trazido várias contrariedades, obrigado os pacientes a deslocações entre hospitais.
Esta reunião visou sensibilizar os intervenientes públicos locais, para a extensão dos cuidados de saúde, principalmente quando se verifica a necessidade de criar condições para cativar profissionais, o que passará também por questões de organização e gestão fundamentais, entre elas o aumento do número de assistentes operacionais. Nesse sentido referem que as autarquias têm muito peso para a fixação dos médicos.
Esperam que, de acordo com o orçamento do Estado aprovado, no primeiro semestre de 2021, seja possível abrir concursos para médicos (que aguardam desde 2015). Seria importante implementar medidas que contemplem o incentivo à permanência de profissionais, quer a partir de subsídios à formação no interior, quer a obrigatoriedade de permanência de três anos.
Por fim, principalmente por estarmos a enfrentar diversas situações relacionadas com a pandemia, além de referirmos o esforço expresso nas propostas do BE de Torres Novas, no sentido de criar melhores condições de vida para a população do Concelho, perseguindo o seu bem-estar, falámos do comunicado ao Governo sobre a preocupação do BE em relação à necessidade de reforçar o SNS e as estruturas de apoio à população face à situação que estamos a viver, considerando que todas as organizações de cidadãos e cidadãs são determinantes na sensibilização das políticas públicas.