Concelhia do BE /Torres Novas e autarca na Assembleia de Freguesia da União de Freguesias de S. Pedro, Lapas e Ribeira
Muito se debate agora sobre a nossa terra mas será que as queixas ruidosas nas redes sociais ou o aclamar de uma qualquer obra é realmente discutir os destinos do nosso concelho? Muito se fala em participação mas pouco se faz para a motivar. Será que a maioria das e dos munícipes sabe ter lugar na assembleia de freguesia ou municipal e nas reuniões de câmara? E que esse é o espaço privilegiado para expor os seus problemas e sugestões? O desenvolvimento de uma comunidade passa necessariamente por envolver quem dela faz parte, não só porque assim é mais fácil as suas necessidades serem atendidas mas também por reforçar a identidade coletiva e a responsabilização pelo bem comum. A representatividade não pode ser exclusiva de uns quantos eleitos, um exemplo paradigmático são os orçamentos participativos ao pôr todas as pessoas num lugar de tomada de decisão. Temos por cá um conjunto de projetos propostos por quem deles podia usufruir mas pouco acarinhados por quem os devia pôr em prática. Uma comunicação eficaz entre os órgãos de poder e os munícipes é outro meio para estimular a participação ao permitir conhecer os serviços e haver reciprocidade. Quantos cidadãos e cidadãs têm, por exemplo, conhecimento que poderão usufruir de uma tarifa social da água? Esta e outras informações não chegam muitas vezes a quem se destinam e há que repensar o modo de as divulgar. Sendo a participação essencial numa cidadania plena e sabendo que para isso não podemos descurar a educação, às autarquias cabe também o seu papel, pondo transparência e empenho nas suas tarefas e dando abertura ao debate de ideias.