A gestão do poder

Engenheiro, membro da Concelhia BE de Torres Novas, autarca

A incapacidade de gerir a crítica construtiva, as perguntas diretas ou os pedidos de informação, demonstram a incapacidade de gerir tanto poder.

A falta de respeito institucional do PS é como a pandemia, parece não ter fim.

Como já tive oportunidade de dizer noutras ocasiões, acredito que muitos socialistas não se revêm nas postas de pescada que, reunião após reunião de câmara, nos vão chegando por parte do executivo do PS..

Quem imagino que fica chocado com tudo isto? Qualquer pessoa que tenha o mínimo de vergonha e educação, independentemente de cores políticas ou falta delas.

Na última reunião assistimos a uma bela peça de teatro. Ainda tenho dúvidas se hei-de classificar como uma tragédia, comédia ou uma revista das antigas.

Desde classificar uma denúncia anónima sobre corrupção, abuso de poder e favorecimento como nojenta, até insinuar que os outros têm informação privilegiada para a seguir, num golpe manhoso, se voltar atrás e acusar os outros de insinuações graves.

Se havia dúvidas do que fazem as maiorias absolutas ao serviço público, essas já não podem existir.

A incapacidade de gerir a crítica construtiva, as perguntas diretas ou os pedidos de informação, demonstram a incapacidade de gerir tanto poder.

Existe a coragem para, à boca cheia, se culpar a pandemia para não se fornecer informação quando esses pedidos chegaram há dois anos.

Falta a humildade para se reconhecer os erros e se o fazem, lá vem a posta de pescada primeiro, a desculpa esfarrapada e os discursos chorosos.

Identifico muito nervosismo por parte de um partido que está no poder há várias décadas e entendo porquê. Têm sido anos de oposição forte e coerente e as polémicas entre as filas do PS vão surgindo.

A cada crítica, os opositores continuarão a ser classificados de extremistas radicalizados e assim continuam fervorosos na adoração ao grande líder.

Veremos até quando o castelo de cartas se mantém. Boa semana