Porque é que Pedro Ferreira não responde às perguntas do BE sobre o Projecto EVA e a cedência do edifício à MKA a custo zero??
Nota de Imprensa
Tivemos conhecimento através de notícia de um jornal regional (mediotejo.net) que, e citamos, “a empresa Medical Knowledge Academy (MKA), a quem a Câmara Municipal de Torres Novas cedeu a título gratuito o antigo edifício da Caixa Geral de Depósitos para instalação de um Centro de Estudos e Observação em Saúde, voltou atrás e desistiu de fixar-se naquele emblemático prédio do centro histórico torrejano. Na origem deste volte-face, estarão as pressões de algumas forças políticas e as dúvidas lançadas quanto à idoneidade da MKA. A notícia foi confirmada ao mediotejo.net pelo presidente da Câmara Municipal de Torres Novas, Pedro Ferreira, que lamentou a decisão tomada pela empresa.”
Pois, e o Bloco de Esquerda lamenta a posição do senhor Presidente da Câmara Municipal de Torres Novas que deveria sim responder às questões que lhe foram colocadas sobre um processo muito nebuloso e onde ainda há muito por esclarecer.
Juntam-se agora mais dúvidas e novas questões na sequência das respostas dadas pela ARSLVT ao Jornal Torrejano, quando esta assume que foram cumpridas todas as obrigações do protocolo, contrariando assim a versão avançada pelo Presidente da Câmara e assumida pelo Vice-Presidente em reunião pública de que “as coisas com a Saúde não correram muito bem” no que diz respeito ao Projecto EVA. Em que ficamos?
A “desistência” agora anunciada, antes mesmo da Câmara Municipal dar explicações públicas sobre o processo (obrigação natural em Democracia) evidencia, no mínimo, que o projecto não era sólido.
Da parte do Bloco de Esquerda continuamos a exigir a explicação de todos os factos. O assunto não se encerra porque houve uma “desistência”.
Relembramos as questões colocadas no documento entregue ao Presidente da Câmara e ao Presidente da Assembleia Municipal:
Perguntamos:
1 – Quanto tempo durou o Projeto Eva?
2 - Se o projeto tinha uma previsão de 6 meses e começou em novembro de 2021 (como anunciado na reportagem) porque é que a resolução do mesmo por incumprimento aparece na base-Gov com a data de 16 de setembro de 2022?
3 - Qual o motivo que levou à resolução do contrato com a empresa Original Criterium publicada em 16/09/2022? A verba gasta – 10.630,00 euros – corresponde a que despesas?
4 – Quem constituiu a equipa que garantiu o funcionamento do projeto? Quem contratou a equipa, o Município ou a Original Criterium?
5 – Que avaliação faz o Município da prestação de serviços da empresa Original Criterium?
6 – Vai a Câmara Municipal divulgar o Relatório Final do Projecto EVA a que estava obrigada até por protocolo com a ARSLVT e ACES Médio Tejo?
7 - Ao receber o “Projecto CEOS – Centro de Estudos Observacionais em Saúde” apresentado pela MKA à Câmara Municipal em setembro de 2022, com certeza que se diligenciou para, no mínimo, conhecer o perfil e o historial da referida empresa. Não se detetou que esta empresa era propriedade das 3 empresas consultadas para a implementação do Projeto EVA? Não se teve em conta a experiência, que tudo indica negativa (incumprimento do contrato), com uma delas? Se, apesar de tudo isto, decidiram assinar o protocolo, exige-se saber o porquê.
A que se junta a pergunta óbvia depois da resposta da ARSLVT: Porque é que a Câmara afirma que o ACES e a ARSLVT não cumpriram aquilo a que se tinham comprometido?
Aguardamos as respostas.
Torres Novas, 11 de fevereiro de 2023
Bloco de Esquerda de Torres Novas