"Queremos o futuro, e temos pressa"

Professora, pintora, autarca do BE na Câmara Municipal de Torres Novas

Marisa Matias é escrever o destino para além dos conformismos, dos receios, das correntes que nos aprisionam aos “ismos” que nos rompem a lucidez.

“Eu voto no dia 24.

Voto sempre por respeito a todas as pessoas que sofreram e que morreram para que eu pudesse exercer o meu direito. Voto a pensar nas pessoas que fizeram greves de fome, para que eu pudesse estar ali. Voto a pensar nas pessoas a quem cortaram as mãos, para que eu pudesse estar ali. Voto a pensar nas pessoas que viveram na clandestinidade, para que eu pudesse estar ali.

E quando votar, no dia 24, vou votar no futuro. Vou votar no mundo todo ao mesmo tempo, porque não há tempo para mais desigualdades. Voto na candidata que, em convicção, mais me representa, porque não posso esperar mais.

Voto Marisa Matias.”

(Sara Barros Leitão)

Termina assim o discurso poderoso e deslumbrante de Sara Barros Leitão (31 anos, atriz, encenadora e criadora, recentemente premiada pelo Prémio Revelação Ageas Teatro D. Maria II), a lembrar-nos que precisamos de uma política mais jovem, que reconheça a importância de assegurar a POSSIBILIDADE e a OPORTUNIDADE da juventude ingressar no mercado de trabalho e criar as suas autonomias, de viver numa sociedade emancipada e justa. Sem esse reconhecimento, continuamos a empurrar a geração mais jovem, dinâmica, escolarizada e capaz, para fora de nós. É fundamental olhar para o envelhecimento da população e tirar conclusões. É determinante apostar a energia e força numa política que nos devolve a esperança a impulsionar-nos para um futuro mais promissor. Como a Sara, temos pressa desse futuro.

Marisa Matias representa a opção pela juventude, pela defesa da saúde, da cultura, pelo cuidado aos mais vulneráveis. Marisa Matias representa para nós e para o mundo, a nossa coragem, a nossa dignidade e uma urgente revitalização social. Marisa Matias é escrever o destino para além dos conformismos, dos receios, das correntes que nos aprisionam aos “ismos” que nos rompem a lucidez.

Marisa Matias, mulher, enfrentou a tortuosa lama e, entre o escárnio dos mal resolvidos, escreveu a História com uma onda de lábios vermelhos.

Eu também voto Marisa.

Crónica publicada no jornal "O Almonda"