Resitejo - BE quer apurar responsabilidades
Fomos confrontados recentemente com as piores notícias vindas da Resitejo. Foram feitas avaliações técnicas pelas instituições com responsabilidade na matéria, CCDR, APA, IGAMAOT, cujos resultados são desastrosos e muito muito preocupantes. Estão em causa a segurança e saúde de quem lá trabalha e de quem habita na vizinhança, está em perigo o meio ambiente, as linhas de água e em particular o rio Tejo.
São necessárias obras de vulto para colmatar os problemas existentes e como a Resitejo não tem esse dinheiro, vai ter de passar a bola às câmaras, aumentando as tarifas com retroativos a janeiro deste ano. Ou seja, a gestão é danosa, mas não faz mal: o dinheiro público paga tudo!
A Resitejo, agora “RSTJ, Gestão e Tratamento de Resíduos” presta um serviço público fundamental de recolha e tratamento de resíduos. Portanto, um serviço essencial à saúde pública, não é um qualquer serviço, sem ele não se consegue viver em segurança.
Como é que se chegou aqui é o que temos de perceber e responsabilizar quem de direito.
Os indícios de má gestão não são de agora. Vêm de muito atrás e foram sendo denunciados e, esta Assembleia já foi chamada a tomar posição no sentido de responsabilizar a administração e também de propor uma auditoria ao seu funcionamento, mas sempre o PS se opôs a tais procedimentos.
O dilema é este: vão as CMs continuar a confiar numa gestão que já provou que não é capaz ou estarão dispostas a enfrentar a situação e substituir a administração? Como vai a CM de Torres Novas agir? Pede responsabilidades ou encolhe os ombros?
António Gomes
Torres Novas, 19 Dezembro 2019