Reunião de Câmara (pública), 6 Agosto
PAOD
1 – Qual o ponto de situação em relação a Pias Longas? Já se chegou a alguma conclusão sobre quem autorizou a movimentação de terras e de que forma se vai reverter este atentado ao ambiente e à paisagem protegida da Serra?
As respostas dadas não tranquilizam o BE, que não deixará de estar atento a esta matéria e tomar todas as medidas possíveis para reverter a situação. Não podemos aceitar a política do “facto consumado” e não responsabilizar os autores deste atentado.
2 – Gostaria de saber de quem é a propriedade da Tarambola junto à discoteca? Sendo propriedade do Município proponho que se providencie o seu arranjo e reabilitação, pois não devemos deixar este património ao abandono degradando-se cada vez mais.
3 – Volto a solicitar ao Senhor Presidente resposta aos pedidos de informação do BE, relembrando: informação sobre painel de publicidade: informação sobre loteamentos; informação sobre processos pendentes no urbanismo; informações sobre PEDU.
4 – Entrego 2 propostas com pedido de agendamento assim que possível:
Plantação de árvores
As alterações climáticas a que estamos a assistir e aquelas que nos são anunciadas por estudos científicos devem ser para levar a sério, o equilíbrio climático a que nos habituámos está em mudança acelerada. Tudo o que possamos fazer para minorar as consequências do desastre anunciado deve ser feito, e muitas coisas devem ser feitas e podem ser feitas.
As autarquias devem ser protagonistas mais ativos, devem porque é sua competência fazê-lo, têm instrumentos legais, têm um orçamento, têm recursos humanos.
A simples plantação de árvores é um gesto da maior importância para as cidades, aldeias e já agora para o planeta. As árvores contribuem para uma melhor qualidade do ar, para reduzir a temperatura atenuando os efeitos do calor com a sombra que nos proporcionam, para reduzir o ruido, preservam a biodiversidade e tornam o espaço público mais agradável. As árvores são vida.
Com iniciativa própria ou em parceria com as escolas e outras instituições a autarquia tem de dar o exemplo, os orçamentos anuais têm obrigatoriamente de começar a incluir uma verba para a plantação de algumas centenas de árvores no território do concelho de Torres Novas, escolhendo a variedade mais adequada ao espaço e à disponibilidade hídrica.
Os instrumentos de ordenamento do território, projetos urbanísticos e outros devem ser implacáveis na exigência desta medida.
Assim o executivo municipal assume o compromisso de incluir já no próximo orçamento municipal uma verba que permita a plantação de 500 árvores.
Proposta a apresentar à Águas do Ribatejo
Evitar as perdas de água
Faz consenso entre a comunidade científica, as entidades gestoras da água e os cidadãos e cidadãs a importância da água, a necessidade do seu uso eficiente e da manutenção das suas reservas.
A água é um recurso escasso, o seu ritmo de consumo é superior à reposição das reservas, o que implica uma gestão adequada para que as gerações futuras possam ter ao seu dispor este bem precioso.
O Programa Nacional para o Uso Eficiente da Água – PNUEA – contém um conjunto alargado de recomendações às várias entidades que de alguma forma estão ligadas ao setor da água, assim como para os/as cidadãos/ãs em geral.
Entre essas recomendações está a redução das perdas de água no armazenamento, transporte e distribuição, que a médio prazo não deveriam ultrapassar os 20%. A Águas do Ribatejo plasmou estas preocupações no seu plano de atividades e tem mostrado preocupação pela situação.
As perdas atuais situam-se nos 34%, o que convenhamos é um problema sério, do ponto de vista económico e ambiental.
É hoje certo que não se vai conseguir atingir os objetivos (20% de perdas) em 2020 como estava previsto.
O Bloco de Esquerda está convicto que são necessárias medidas radicais do ponto de vista do investimento/orçamentos para minimizar as perdas de água verificadas hoje, o que implica manutenção e reparação da rede de distribuição, entre outras medidas.
Parece-nos que os próximos 5 anos devem ser cruciais e a Águas do Ribatejo deve assumir esse desafio, ou seja, os próximos 5 orçamentos devem contemplar verbas suficientes para que se possa atingir a meta dos 20% de perdas de água.
Torres Novas, 6 Agosto de 2019
Helena Pinto, vereadora do BE