Ter casa é um direito, mas só para quem tem dinheiro suficiente

Estudante, activista do BE

A habitação é um direito humano fundamental protegido pela Constituição. No entanto, a realidade mostra que muitas pessoas enfrentam dificuldades para obter acesso a uma moradia adequada.

Todos os dias as rendas aumentam, às vezes chegam a ultrapassar o salário mínimo, um T2 no centro de Torres Novas com 121 m2 custa 660€ por mês, esta especulação não é apenas no arrendamento mas também na compra onde os preços são absurdamente elevados.

Embora o governo fale de vez em quando nos problemas, nenhumas medidas são implementadas. Alega-se que o aumento é causado pela inflação, mas o problema já existe há muito tempo.

Os trabalhadores estão cada vez mais pressionados, especialmente aqueles que têm empréstimos bancários da compra da casa que enfrentam juros crescentes. Enquanto isso, os bancos estão com lucros milionários sem qualquer taxação.

O Bloco tem desde sempre apresentado soluções para a habitação, mas em vez de ouvirem e usarem as soluções limitam-se a rotulá-las de “radicais”.

Com o mercado livre das imobiliárias os preços aumentam quando bem lhes apetece, sem medidas para combater esta  especulação.

“Mas não existe habitação disponível”

Os centros históricos das cidades, incluindo Torres Novas, estão cheios de edifícios abandonados e em perigo de queda, edifícios esses que podiam ser reabilitados pela câmara municipal, resolvendo assim 2 problemas, a queda do edifício e uma renda acessível e pública.

É necessário urgentemente um impulso na renda pública e acessível e na reabilitação, já deu para ver que o mercado livre não apresenta soluções só acrescenta problemas ao atual estado de uma inflação que todos os dias rouba aos trabalhadores e dá aos “CEO” milhões.

Precisamos de medidas contra a especulação e a proibição da venda de imóveis a habitantes que não residam em Portugal e apenas querem uma “casa de férias”.

O que se vive diariamente no mercado é o Liberalismo, e não, o liberalismo não faz falta a portugal.

Diogo Gomes