Se andamos atentos às notícias nos últimos dias fica impossível não notar os movimentos “ocupa”.
Os movimentos ocupa apareceram para alertar para a crise climática e lutar pelo fim do uso de combustíveis fósseis, ocupando lugares públicos, neste caso escolas.
É um movimento internacional e em Portugal tivemos algumas escolas e universidades onde os estudantes acamparam e se manifestaram dentro das mesmas. Mas há duas que conseguiram uma maior cobertura da comunicação social, “Ocupa Arroio” e “Ocupa FLUL” (FLUL= Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa) por diversos motivos.
Um dos motivos, no caso da ocupa FLUL são os acontecimentos do dia 11 de novembro.
No dia 11 de novembro a direção da FLUL decide que vai retirar o direito ao protesto aos estudantes e chama a polícia para fazer uma intervenção para os retirar usando mesmo a força.
Não sabemos ao certo o que a direção terá eventualmente dito à PSP, mas pelas imagens a que temos acesso, os estudantes deviam ser “perigosíssimos” tendo em conta o forte aparato policial.
Nunca se viu uma Universidade a dar ordem para a expulsão de estudantes por protestarem (vivemos em Democracia). A Universidade é um local onde podem ser livres e protestar quando necessário.
Infelizmente para a Faculdade de Letras, os estudantes são cidadãos e têm o direito de protestar, seja dentro ou fora do local onde estudam
Juntar-se aos alunos na luta seria melhor opção em vez de ir contra eles e contra o planeta.
Com esta atitude a direção da Faculdade de Letras demonstra que não tem interesse na luta climática que é o mesmo que dizer que não tem interesse no futuro dos seus estudantes que terão de sobreviver no que vai restar do mundo .
Dia 12 de novembro, foi dia de marchar pelas ruas de Lisboa contra o fracasso climático e um dos locais de protesto foi a Ordem dos Contabilistas onde se encontrava o ministro da economia, com o lema "Fora, fora Costa Silva".
Este movimento nasce com grande força e vai continuar enquanto nada for feito, vai dar força a que aconteça por outras escolas espalhadas pelo país e a unir não só estudantes como a população no geral.