Viva o 25 de Abril, sempre!

Recordando a voz do poeta, em canção acarinhada pelo povo, ultrapassada esta fase, em breve encontraremos numa qualquer esquina um amigo e, em cada um desses rostos identificaremos um outro ser, igual e fraterno!

Este ano vamos comemorar e festejar mais um aniversário do dia em que se assinala, na nossa história colectiva e nas nossas vidas, a entrada na democracia e a passagem para a liberdade!

Mal seria se assim não acontecesse!

É verdade que a festa não se vai realizar na rua, dada a situação de emergência sanitária que o País atravessa e embora as razões sejam bem diferentes, também na altura tivemos, por indicação do MFA, que o festejar com um misto de alegria e receio, mas cheios de esperança, no resguardo das nossas casas!

A situação de emergência actual é momentânea, não constava nas previsões dos analistas mais pessimistas, e dos poucos arautos da desgraça, que acham que aquele malvado dia 25 condenou a sociedade portuguesa, para sempre, a viver no pior dos mundos!

Certamente poucos saberão sobre como foi “sentir no pêlo” os desmandos totalitários do antigo regime corporativo, de perseguição política aos opositores e de censura, mas desejam agora que os desvalorizemos e esqueçamos!

O que é preciso lembrar, é que não fora a derrota do sistema que nos governou até então, não estaríamos todos aqui a usar da liberdade conquistada nem a usufruir da satisfação de necessidades sociais básicas de que o Serviço Nacional de Saúde é expoente máximo, dos direitos conquistados em Abril!

A batalha de décadas, foi longa e dura, muitos perderam a vida mas o povo português ganhou a guerra!

Agora, que um novo e diferente inimigo nos quer “dominar” estamos cá, prontos para o desafio, com a esperança de que novos tempos hão-de chegar!

Hoje é tempo de celebrar, em festa, e de prestar homenagens, saudar e honrar a memória dos militares de Abril que nos abriram portas para o sonho, mas também, os novos combatentes, soldados de todas as patentes e de todos os quartéis que, na linha da frente, estão pondo em causa também a sua própria vida, contra um tão inesperado e fatídico malfeitor, por uma redobrada esperança no futuro!

Recordando a voz do poeta, em canção acarinhada pelo povo, ultrapassada esta fase, em breve encontraremos numa qualquer esquina um amigo e, em cada um desses rostos identificaremos um outro ser, igual e fraterno!

Que desta “paragem” forçada saibamos criar novas energias e que um novo tempo possa surgir, onde nele saibamos criar uma nova forma de pensar sobre a nossa existência colectiva e que cada um saiba também, ser participante insubmisso, na sua freguesia, na sua cidade e no país, desafiando o presente, em nome das suas utopias, e em liberdade!

Viva o 25 de Abril, sempre!