AM: Mais um empréstimo e muitas perguntas sem resposta
Contratação de operação de financiamento de 5,5 milhões.
Embora não seja nada de novo, não podemos deixar de estranhar esta forma de governar, os orçamentos passam e nada se concretiza, embora se vá dizendo que há dinheiro, que existem saldos orçamentais, mas chegamos aqui e verifica-se que tudo tem sido um logro, não existe planeamento e gestão à altura.
Ainda há pouco tempo atrás o BE apresentou uma proposta séria, responsável e transparente que propunha a reparação das estradas nos próximos 3 anos, com verba previstas em orçamento e recorrendo a um empréstimo se necessário. O PS chumbou e é extraordinário, como passado tão pouco tempo, vem apresentar um empréstimo desta natureza e desta grandeza.
O Bloco tinha razão e continuamos a defender que é obrigação da Câmara garantir as melhores condições nas acessibilidades a todos os munícipes. Parte deles não podem continuar a penar para chegar a casa…
Pretende-se fazer um brilharete. Talvez resulte, embora o que nos é apresentado deixa de fora muitas estradas que o Bloco entende deverem também ser prioritárias.
Mas, atenção, é um empréstimo que não conta com a crise que se vive e com os apoios sociais que é preciso atender, não conta com a baixa de receitas próprias.
Para o Bloco as estradas e o apoio social aos/às munícipes continuam à frente do Miradouro de S. Pedro, embora já o defendamos há vários anos, estão à frente do percurso pedonal da estrada do Alvorão, estão à frente da Loja do Cidadão, esse sorvedouro exagerado de dinheiros públicos em tempo de crise estão à frente do muro privado no rio Almonda, como já estavam à frente desse sorvedouro de dinheiro que são as obras no Rossio e estão sobretudo à frente desse milhão de euros que agora foi acrescentado às obras indicadas e passo a descrever:
O PS tem de explicar porque passou a Av. José Loureiro da Rosa a custar mais 120 000 euros do que estava previsto em orçamento, porque é que passou a custar mais 90 000 euros a rua da Várzea, porque passou a custar mais 520 000 a estrada de Fungalvaz a Alburitel, porque passou a custar mais 200 000 euros a estrada de Lamarosa a Pé de Cão e porque custa mais 100 000 a pavimentação de S. Pedro? Isto tem de ser explicado, quem é que se enganou? Em que se basearam para alterar desta forma o valor destas obras?
Isto denota desnorte e descontrole.
Mas afinal porque temos de recorrer a mais um empréstimo? Tudo estava com dotação orçamental, tudo encaixava na perfeição, é bom que exista uma boa explicação, ou então tudo isto é uma farsa.
O Bloco abstêm-se neste voto sobretudo porque nos é muito cara a reabilitação das estradas, assim como a manutenção ou criação de emprego que algumas obras podem gerar.
Torres Novas 30 Setembro 2020
António Gomes