Passámos a campanha das legislativas a ouvir que uma maioria absoluta traria a estabilidade que o país tanto precisava, depois António Costa vem dizer que afinal é preciso uma maioria absoluta para afastar a direita e trazer estabilidade ao país, embora nos últimos dias tenha recuado nesta afirmação.
A maioria absoluta do PS afastou a direita do poder, mas António Costa com as suas opções políticas também afastou avanços nos direitos dos trabalhadores e uma economia em que os portugueses não precisem de racionar a comida que compram no mercado.
Desde o início da atual Legislatura que ouvimos que a inflação aumenta cada vez mais. E os salários? Como é que ficam? Ficam parados, ocasionalmente Costa envia “uns dinheiros” para a conta dos portugueses, talvez por MbWay com um coração a dizer “Eu lembro-me de vocês”, mas nada mais faz e no mês seguinte essa mesma família ganha um aumento das necessidades porque a inflação não parou de crescer.
Em Novembro já somavam 8 saídas do Governo. Começou com a saída de Sara Guerreiro, Secretária de Estado da Igualdade e Migrações, devido a problemas de saúde, seguiu-se a demissão de Marta Temido, António Lacerda e Maria Fonseca do Ministério da Saúde. António Costa teve necessidade de nomear Miguel Alves para Secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro, mas como ele foi acusado de prevaricação lá se demitiu dois meses depois. O Ministro da Economia incompatibilizou-se com os seus secretários de estado - João Neves e Rita Marques e demitiu-os. Com estes nomes todos temos 6 saídas e 2 demissões.
Nos últimos dias, perto do Natal ficámos a saber de uma indemnização de 500 mil euros que foi dada a Alexandra Reis após a mesma se despedir da TAP, algo impensável olhando para o buraco em que a TAP está metida e que veio causar revolta entre os trabalhadores. Alexandra Reis era Secretária de Estado do Tesouro, nomeada por Medina, Ministro das Finanças, que acaba por lhe pedir para se demitir, o que vem a acontecer no dia 27 de Dezembro, deixando muitas dúvidas por esclarecer…
Faltavam 3 dias para o final do ano, Pedro Nuno Santos demite-se assumindo a responsabilidade política sobre a questão da indemnização milionária de Alexandra Reis. Demite-se também o Secretário de Estado das Infraestruturas.
A 3 dias do ano acabar e 272 dias de mandato o número de saídas do governo passa para 10. Esta foi a estabilidade que António Costa prometeu e enganou os portugueses, um governo que parece estar todos os dias numa corda bamba.
A “estabilidade” que trouxe mais pobreza e menos salário aos trabalhadores, a única estabilidade foi trazida para os patrões e senhorios que continuam com os seus apoios do estado e a extorquir quem vive do seu salário com aumentos brutais em necessidades básicas.
Diogo Gomes