É assim neste agosto, véspera de eleições.
O presidente depois de ter sido envergonhado pelo Fernando Tordo no dia 25 de Abril, lá foi pintar a fachada do Virgínia, os projetos de obras são aprovados à mão cheia pelo mesmo presidente, o que conta é que na propaganda do PS apareçam os projetos como obras aprovadas, ou com concurso lançado, e ainda outras com inicio para breve e outras quase, quase prontas…
A penúltima reunião de Câmara deste mandato, a realizar-se em 31 de agosto, vai pronunciar-se sobre a reabilitação do Largo da rua dos Ferreiros abandonado há vários anos e também sobre a reabilitação do Terreiro de Sta. Maria junto ao Castelo e Largo do Salvador, igualmente esquecidos há largos anos. Ou seja, anunciam-se decisões porque há eleições e tem que se colocar o boneco na propaganda. Decisões deste tipo deveriam ser ponderadas, consensualizadas, discutidas no espaço público, porque marcam a cidade.
Noutros locais coloca-se alcatrão mesmo que o espaço esteja interdito a tal, colocando em risco a segurança de quem ali passa, ou ainda noutras paragens distribuem-se “cheques-bébé”, ou apresentam-se livros que fica sempre bem nesta altura.
É claro que não se apresenta publicamente, antes pelo contrário, escondem-se os acordos lesivos do interesse público, como o caso do muro, do anexo junto ao rio, e as respetivas indemnizações (1 000.00, mil euros/mês) até a obra estar concluída e não há pressa nisso, já passaram 32 meses e muitos mais irão passar.
O tempo que vivemos é propício ao nervosismo, ao vai-vai, ao tem de ser, ao lufa-lufa, é agora, não foi em quatro anos, nem em 30, mas é agora, o povo quer é obras novas, não quer saber do que se passou ontem, já esqueceu a estrada miserável em que circulou durante 10 anos ou 20 anos.
Se calhar pensam que o povo é parvo, que não sabe fazer contas, que come tudo o que lhe põem à frente.
Estão enganados.
Crónica de opinião publicada no "Jornal Torrejano"