
No passado dia 6 de maio, a Ordem dos Economistas apresentou na Gulbenkian o Rating Municipal Português (RPM) 2019
Esta avaliação dos municípios portugueses, integra 4 dimensões de análise – a governação municipal, o serviço aos cidadãos, o desenvolvimento económico e social e a sustentabilidade financeira, proporcionando aos municípios e cidadãos uma matriz estratégica de intervenção e, aos decisores públicos, implicações políticas de cooperação estratégica, numa lógica supra-municipal.
O modelo é participativo e contou, na definição dos indicadores e respetivos ponderadores, com a participação ativa de académicos internacionais e, em Portugal, do Tribunal de Contas, da DGAL – Direção Geral das Autarquias Locais, da IGF – Inspeção Geral de Finanças, da ANMP – Associação Nacional de Municípios Portugueses, do TIAC – Transparência e Integridade, Associação Cívica, entre outras entidades e individualidades do sector.
O Concelho de Torres Novas tem uma localização estratégica de excelência: está na encruzilhada de um dos mais importantes nós rodoviários do País - A1/A23; tem, no seu território, uma das mais importantes plataformas logísticas de Portugal, em Riachos; está na área de influência de um dos maiores destinos de turismo religioso da Europa; tem um património histórico milenar; tem uma invejável riqueza natural, de riquíssima biodiversidade, com destaque para o Parque Natural da Serra d`Aire e Candeeiros, para a Reserva da Biosfera do Paul do Boquilobo, para as Pegadas dos Dinossauros e, para o Rio Almonda, que brota na serra, atravessa a cidade e rasga os campos de Riachos até encontrar o Tejo no Paul do Boquilobo
A posição mediana do Município de Torres Novas no contexto nacional e, em particular, na Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, deixa-nos apreensivos e deverá constituir uma base de reflexão para os decisores políticos do município. Exige-se do poder autárquico, mais capacidades para a valorização do potencial endógeno do Concelho, em todas as suas vertentes: económica, social, ambiental, pedagógica, lúdica, turística....
Para além de gerir o presente, é cada vez mais essencial projetar o futuro e isso requer muita imaginação e criatividade, muita coragem e humidade política e muita capacidade para pensar “fora da caixa”!