No dia do aniversário da elevação da vila de Torres Novas a cidade, a Sra. Secretária de Estado da Igualdade e das Migrações fez algumas afirmações que não correspondem à verdade e induzem ou induziram em erro quem a escutou ou a vai escutar, além de distorcer a memória coletiva.
Disse a dado passo a Sr. Secretária de Estado que o Presidente da Câmara tem sido um defensor e impulsionador das políticas de igualdade na área municipal.
Ora isto não é verdade e não pode fazer caminho sem o devido reparo.
A Câmara Municipal de Torres Novas e, em particular, o seu presidente nunca teve essa preocupação, nunca as suas intervenções visaram a Igualdade, nunca a maioria do PS se preocupou com tal assunto na Câmara.
O plano municipal para a igualdade, aprovado recentemente, faz o historial das intervenções políticas em sede de câmara municipal, bem procurou, mas apenas encontrou as intervenções dos vereador/a da oposição referentes a esta temática. E são estas e só estas que constam do relatório que acompanhou o plano para a igualdade.
Mas mais, a maioria do executivo PS votou contra o hastear da bandeira arco-íris nos Paços do Concelho, relembrando a todos/as nós que não só ignoram políticas de igualdade como as combatem. Só este ano (2023) o PS se decidiu a fazer aquilo que quase toda a gente faz – içar a bandeira LGBTI+, mas sem ninguém do Executivo presente.
Outro caso digno de nota foi a aprovação do já aqui falado plano para a igualdade, em que nenhum vereador, nem presidente se dignaram dizer algo sobre o mesmo plano na reunião de Câmara, o mesmo aconteceu na reunião da Assembleia Municipal, em que o PS entrou mudo e saiu calado.
As politicas de igualdade nunca foram assunto da maioria socialista em Torres Novas.
Sra. Secretária de Estado, às vezes mesmo as palavras de ocasião devem ser medidas, pois num espaço de alguns segundos podemos mudar a história.
Crónica de opinião de António Gomes publicada no "Jornal Torrejano"