AM: Bloco quer a integração das trabalhadoras da limpeza nos quadros da Câmara

Dina Sá criticou as alterações à estrutura orgânica da Câmara e defendeu a integração das trabalhadoras da limpeza: «Os edifícios da CM são limpos por estas trabalhadoras, que recebem baixos salários, que recebem com atraso e cujos descontos não são entregues na segurança social. Tiveram que fazer greve para se fazer ouvir. Não se entende que estas trabalhadoras não tenham lugar no Mapa de Pessoal, é incompreensível que o PS se recuse a integrá-las.»

 

Estrutura orgânica e mapa de pessoal

Estamos perante mais uma alteração da estrutura orgânica da CM, a última foi realizada em 20 de junho de 2020, muito recentemente, há menos de um ano e as alterações ao mapa de pessoal ocorreram em 2020 por 4 vezes, sendo que a última, em dezembro de 2020, foi apresentada como a alteração do mapa de pessoal para 2021, nas palavras do próprio PS.

A alteração à estrutura orgânica da CM ou de outro qualquer organismo não pode acontecer com esta frequência, só assim acontece por desnorte e também por falta de planeamento quanto ao que se pretende para o município. Estas alterações só se poderiam justificar por razões excecionais e ponderáveis, que se desconhecem. Somos assim obrigados a concluir que se justificam por razões que servem objetivos de quem governa e isso não deve ser feito a 6 meses de terminar o mandato.

Tal como em junho do ano passado, em que se privilegiou a criação de chefias intermedias desde logo ocupadas por nomeação, agora vamos no mesmo caminho. Até pode não ser, mas que parece a pedido parece.  

O caso da nova unidade de apoio à estratégia local de habitação que mais uma vez é um serviço que fica de fora da estrutura de funcionamento da Câmara, ou seja sem articulação com a área de intervenção social, com o urbanismo, não é solução e nem sequer é a solução prevista na estratégia local de habitação.

Junta-se a tudo isto uma situação que não dignifica o Município.

Os serviços de limpeza estão concessionados a uma empresa que não cumpre as suas obrigações nem com as trabalhadoras nem com o Estado. Já por mais de uma vez aconteceu. Estas trabalhadoras – indispensáveis ao normal funcionamento da Câmara - nunca receberam o mínimo de preocupação política da parte do PS. Aliás, quando o Bloco propôs a sua integração no âmbito do PREVPAP o PS votou contra.

Os edifícios da CM são limpos por estas trabalhadoras, que recebem baixos salários, que recebem com atraso e cujos descontos não são entregues na segurança social. Tiveram que fazer greve para se fazer ouvir.

Não se entende que estas trabalhadoras não tenham lugar no Mapa de Pessoal, é incompreensível que o PS se recuse a integrá-las.

Dina Sá

29 de Abril 2021