As alterações climáticas a que estamos a assistir, e aquelas que nos são anunciadas por estudos científicos, devem ser para levar a sério. O equilíbrio climático a que nos habituámos está em mudança acelerada. Tudo o que possamos fazer para minorar as consequências do desastre anunciado, deve ser feito e muitas coisas devem ser feitas.
Certamente que cabem aos governos e à actividade económica/industrial as maiores decisões: alterar os modos de produção, ir ao principio de tudo é o que mais importa.
Mas também cabem aos governos locais e à cidadania um papel importante: alterar hábitos na recolha de resíduos, no consumo da água, na utilização dos transportes, na alimentação. As autarquias devem ser os protagonistas locais mais activos, devem porque têm poder para isso, têm instrumentos legais, têm um orçamento, têm recursos humanos.
A simples plantação de árvores é um gesto da maior importância para as cidades e já agora para o planeta. As árvores contribuem para uma melhor qualidade do ar, para reduzir a temperatura atenuando os efeitos do calor com a sombra que nos proporcionam, para reduzir o ruído, preservam a biodiversidade e tornam o espaço público mais agradável. As árvores são vida.
Li recentemente que na Índia nenhum estudante do ensino secundário ou universitário tem o curso completo sem que tenha plantado dez árvores: pareceu-me interessante.
Com iniciativa própria ou em parceria com as escolas e outras instituições, a autarquia tem de dar o exemplo. Os orçamentos anuais têm obrigatoriamente de começar a incluir uma verba para a plantação de algumas centenas de árvores no território do concelho de Torres Novas. Os instrumentos de ordenamento do território devem ser implacáveis na exigência desta reivindicação do planeta.
Glifosato: fomos recentemente confrontados com a utilização deste veneno, o glifosato, no espaço público da cidade de Torres Novas. Uma pequena/grande conquista que tínhamos alcançado recentemente fez marcha atrás. É inadmissível como os responsáveis políticos pactuam com tal atentado à saúde pública. Esperemos que parem de imediato.